23/09/2020

Diretoria da Fenassojaf rebate declarações da senadora Kátia Abreu sobre progressões e estabilidade dos servidores



A diretoria da Fenassojaf rebateu, nesta terça-feira (22), as declarações emitidas pela senadora Kátia Abreu (PP/TO) quanto à progressão e a estabilidade dos servidores públicos. Durante participação em uma live promovida pelo jornal Valor Econômico na última quarta-feira (16), a integrante da Frente Parlamentar Mista da Reforma Administrativa afirmou que parte significativa dos servidores da União “sobe rápido” na carreira o que, segundo ela, prejudica a produtividade.

“Que estímulo [os servidores] têm para se esforçarem, se empenharem, se chegam no topo da carreira em 10, 15 anos?”, questionou.

A senadora enfatizou o fim da estabilidade no serviço público como um indicativo de melhoria para a prestação do trabalho ofertado. Para ela, somente as carreiras típicas de Estado devem ser preservadas com essa segurança. “O grande mal da estabilidade é que perdemos o rumo das coisas, o fio da meada. Não tivemos um órgão administrador do RH do país. A estabilidade virou automática”. 

Kátia Abreu criticou as atuais regras de progressão na carreira e rebaixou a qualificação dos servidores ao afirmar que “a bonificação é por um monte de diploma e certificado, que nem sempre está relacionada com o trabalho do servidor”.

A parlamentar listou também a redução salarial proposta pela PEC 32/2020 e emitiu outros ataques ao ressaltar que os salários dos servidores federais “são mais altos do que em outros entes federativos”. 

Diferente do afirmado pela senadora Kátia Abreu, a Fenassojaf chama a atenção para o fato de que estabilidade no serviço público é garantia de lisura e efetividade no trabalho, sem aberturas para perseguições ou troca de favores.

Sobre a progressão, mais do que “um monte de diploma e certificado”, é preciso enaltecer a melhoria da qualidade técnica do quadro, que busca a progressão por meio de especializações que asseguram o atendimento ao cidadão.

"As afirmações da integrante da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa demonstram, mais uma vez, a tentativa do atual Governo em acabar com o serviço público e depreciar a imagem daqueles que se empenham em uma prestação de serviços com compromisso e responsabilidade", afirma a Federação.

A Fenassojaf e a Assojaf-MG, como entidades representativas dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais, estão integradas no movimento contra a aprovação da Reforma Administrativa e já articulam formas de mobilizar e alertar a categoria e toda a sociedade sobre essa proposta que visa acabar com o serviço público e oferecer um atendimento precário para a população.

A diretoria da Assojaf repudia qualquer tentativa de rebaixar a categoria e desqualificar os serviços prestados! REFORMA ADMINISTRATIVA NÃO!

Da assessoria de imprensa, Caroline P. Colombo com a Fenassojaf